segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Nova Raça: Raja'as

“Quando aquela forasteira passou pelas ruas, era impossível resistir a seus encantos. Homens lhe ofertavam presentes, estendiam-lhe as mãos para tocar em seus cabelos ou corriam para sentir seu perfume: um aroma de mil rosas combinadas. Sua pele morena parecia ser queimada pelo sol, mas nem um pouco castigada: era tão macia quanto o véu de seda que lhe cobria a face. Seus olhos cor de mel rivalizavam com as maiores gemas que os mercadores tinham em seus estoques. Seus gestos leves e sutis. E parecia que um vento soprava sempre sobre ela. Mas o seu destino não era com nenhum pretendente dali: ela caminhava rumo ao castelo do lorde Rakatiz, um dos maiores tiranos de todos os reinos. Ela o seduziria e depois o mataria, porque a noite já estava chegando e se ela não fizesse isso sofreria as conseqüências.”

Os sultões e seus guerreiros do deserto contam histórias de um país perdido, de uma raça que até pouco tempo os favorecia e os inspiravam nas ciências, na arte e na magia: era a raça perdida dos Raja’as, os irmãos dos gênios, lordes do maior oásis jamais concebido pela imaginação de qualquer criatura.
Seres míticos do deserto, possibilitaram aos sultões o acesso às maiores culturas: matemática, física, astronomia, medicina, arquitetura, magia. Não o faziam por serem sábios. Sábio era o seu Deus, de nome impronunciável que lhes dotou com a Arte. Eles eram belos, tinham magia e inspiravam. Os outros povos criavam maravilhas somente por estarem perto. Há quem diga que eles eram irmãos dos gênios e não há fato que desminta este saber. Pois os gênios não foram criados pela magia ou por seus deuses. Foram criados pelo poder maior das areias e dos oásis.
Os Raja’as possuem uma beleza sobrenatural e o que eles chamam de A Arte. Eles seduzem, encantam para que os outros povos evoluam. Mas também quiseram crescer e a ambição tomou conta de todos, a ponto de travarem uma guerra contra seu Deus. Seduziram povos e os conduziram neste evento épico, até que um de seus heróis conseguiu feri-Lo. E nem todos os sábios do mundo saberiam qual o resultado da morte de um Ser Maior. A partir daquele dia souberam. Em um ato de bondade e justiça absolutas, O Deus, antes de morrer destruiu o Oásis e preservou a vida de todos os seus habitantes. E eles foram enviados para diversos cantos do multiverso com a maldição de nunca se contentarem com nada.
Ainda conservando suas habilidades na Arte, os Raja’as são sedutores ao extremo. Tem pele morena e olhos castanho claros. Assim como seus olhos, seus cabelos parecem ter a cor de mel. E carregam consigo perfumes agradabilíssimos. Desta maneira são grandes conquistadores, embaixadores e políticos. Mas carregam consigo duas maldições. Parece que nada os detêm quanto a sede de seduzir. Eles não conseguem se controlar durante o dia, tendo vários companheiros (as) simplesmente por conquistá-los. São os maiores galanteadores dos reinos. Nada nem ninguém resiste. Grandes bardos, feiticeiros, ladinos e aventureiros de capa e espada. Mas à noite são atormentados pelos pesadelos da época em que destruíram uma entidade de enorme bondade. E são compelidos –parte por maldição, parte por remorso – a ajudar, se tornam justiceiros sem nome, agindo das mais diversas (e obscuras formas de combater a criminalidade (ou o que eles consideram errado): são compelidos pelo chamado ao dever. Alguns usam da magia que lhes era própria, de talentos gatunos, de intimidação,... Muitos – quase todos – utilizam armas de fogo que ajudaram a construir (pistolas e mosquetes), além das tradicionais cimitarras.

Características Raciais:

+ 4 em Carisma, +2 em Destreza, - 2 em Inteligência, - 2 em Sabedoria: Raja’as são carismáticos e sutis, porém não tão inteligentes e prudentes.
- Quando utilizam cimitarras, sofrem dos mesmos benefícios do talento Acuidade com Arma, sem precisar tê-lo.
+2 em Blefar, Obter Informação e Diplomacia.
+1 de nível de conjurador em magias de Encantamento.
Compulsão: durante o dia, Raja’as sentem uma grande vontade de seduzir, encantar e incentivar, o que lhes pode ser prejudicial (-1 em todas as jogadas quando não fazem isso de dia).
Senso de justiça: À noite, seus pesadelos os obrigam a realizar pelo menos uma ação que o Raja’a considere justa: um pedido de socorro jamais deve ser ignorado, o mal deve sempre ser combatido. Em termos de jogo, quando não está realizando algo “justo” durante a noite, o Raja’a sofre -1 de penalidade em todas as suas jogadas. Quando recusa um pedido de socorro de uma criatura sofre -1 cumulativo.
Classe favorecida: Feiticeiros e Bardos (durante a criação do personagem, o Raja’a deve escolher uma).

Novos Talentos:

Mestre das Sombras
Pré Requisitos: Raja’a
À noite o Raja’a ganha um bônus de + 2 em Furtividade, Intimidar e Esconder.

Senhor das Sombras
Pré-requisitos:
Raja’a, talento Mestre das Sombras
Benefício: Os bônus do talento mestre das sombras sofrem um modificador de + 2.

Lorde das Sombras
Pré Requisitos: Raja’a, Senhor das Sombras
Benefícios: As perícias beneficiadas em Senhor das Sombras ganham um modificador + 2.

Visão na Penumbra
Pré- Requisitos: Raja’a

Vingador
Pré-requisitos: Usar arma exótica (armas de fogo), Raja’a
Benefício: O personagem recebe um modificador +2 em jogadas de ataque e dano com pistolas ou mosquetes (escolha uma). Esse talento pode ser comprado até três vezes, seus efeitos se acumulam.

3 comentários:

  1. Gostei da sua pegada nos "meio-gênios" (ainda que não o sejam exatamente, sei bem).

    Já pensou em expandir esse conceito da "maldição de compulsão"? Transformar em algo mais naturalista, nominalmente insanidade -- e já que trabalha com o d20, há as regras sobre assunto no SRD, http://www.d20srd.org/srd/variant/campaigns/sanity.htm

    Daria para diversificar, não sendo os "distúrbios diurnos" apenas ninfomania/satiríase, mas quaisquer outros que sejam adequados ao personagem; à noite entraria em jogo um fator cultural de culpa e remorso, em que o distúrbio diurno tem seu foco revertido.

    Claro que isso mexe bastante com o conceito -- a ninfomaníaca diurna se torna pudica à noite, enquanto o assassino psicopata sob o sol passa a ser um defensor da vida sob a lua. Como eu disse, altera o conceito (talvez mais do que seria desejável), mas na minha posição de "sacerdote da science fantasy de plantão", não posso deixar de propor alternativas mais naturalistas. =D

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  2. auhuhahuauhau! Sacerdote da science fantasy de plantão! auhauah! Bem o seu estilo msm! Vou dar uma olhada, estudar o caso e ver como adoto aqui. Vlw pela dica!

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  3. Achei bem interessante a raça, quando é que volta as atividades? No mais escolhi o blog como um blog maneiro, veja aqui: http://guerrasdraconicas.wordpress.com/2009/02/01/meme-olha-que-blog-maneiro/

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